segunda-feira, 6 de abril de 2009

Os efeitos da Crise nas Micro e Pequenas Empresas de Parintins


Texto de Harald Dinelly
O autor é Bacharel em Administração de Empresas, Vice-Presidente da Associação Comercial e Industrial de Parintins.

Hoje quem acompanha os noticiários sabe que a maior parte da mídia se ocupa na busca de um prognóstico para a crise atual. O governo Brasileiro anuncia semanalmente novas medidas para reduzir o impacto na economia nacional e sempre sem resultados otimistas, hoje a melhor previsão antevê um ano de estagnação para o Brasil e do chamado BRIC (os países em desenvolvimento, Brasil, Rússia, Índia e China) apenas China e Índia terão crescimento e a Rússia terá uma forte retração.
Você deve estar perguntando o que você tem a ver com a crise internacional em Parintins, interior do estado do Amazonas? Sim, também você pode ser afetado pela crise, principalmente por causa do mundo globalizado de hoje, onde o setor financeiro vive de especulação, as pessoas com dinheiro preferem investir em ações nas bolsas de países com juros altos, neste caso o Brasil tem uma das taxas de juros mais alta do mundo (mesmo com o corte significativo ocorrido ultimamente) do que empreender, este dinheiro é a fonte do crescimento das grandes empresas no Brasil e quando, por qualquer motivo estes investidores se sentem inseguros eles rapidamente retiram o dinheiro deste mercado, as fábricas ficam sem capital e então buscam uma alternativa para manter suas margens de lucro e começam a cortar custos, "enxugam" a folha salarial reduzindo os salários e/ou demitindo, o dinheiro circulante na economia diminui e com isso as lojas passam a vender menos, conseqüentemente diminuem as compras dos fornecedores e estes diminuem as compras das fábricas, criando um ciclo vicioso.

Em um exemplo mais próximo, as fábricas de Manaus venderam menos, então diminuíram produção, compraram menos caixas de papelão, a fábrica de caixas de papelão também diminuiu a produção comprando menos papelão, a fábrica de papelão reciclado está vendendo pouco então restringiu suas compras, ao final da cadeia, os catadores ficaram sem comprador para o papelão estocado.
Outro, o governo Federal teve sua arrecadação reduzida, por isso reduziu em 30% o repasse do FPM (fundo de Participação dos Municípios), com isso a Prefeitura corta custos e pessoal, por causa disso ela diminuiu as compras de material e no final desta cadeia os funcionários dos fornecedores tiveram seus vencimentos reduzidos ou foram demitidos. Sabemos que a Prefeitura é um dos maiores empregadores do município, junto com o governo do Estado e governo Federal, por isso sua ação gerou uma redução significativa no dinheiro circulante na cidade, então diminuíram as vendas em todos os setores, principalmente dos produtos e serviços considerados supérfluos.

As atividades mais afetadas pela crise são aquelas que têm clientes nas classes A e B, que são os maiores consumidores de supérfluos e utilizam mais os cartões de crédito e as vendas parceladas, e com os juros dos cartões em 15% estas classes reduziram significativamente seus gastos. Já as classes C e D compram a vista e por este motivo o comercio e o serviço que trabalha com estas classes estão sentindo bem menos os efeitos da crise.
Portanto, nesta época de incertezas a principal medida é ter as finanças de sua empresa sob controle, evitar a formação de grandes estoques que imobilizarão seus ativos, evitar empréstimos e financiamentos em bancos privados e encontrar na redução de sua margem de lucro aliada à um plano de marketing adequado as melhores armas para concorrer pelo dinheiro escasso.

É em um momento como esse que a Associação Comercial e Industrial de Parintins - ACIPAR mostra sua importância, estando a sua disposição para indicar a melhor solução para seus problemas, na ACIPAR você pode contar com assessoria técnica nas mais diversas áreas, desde a contabilidade até a elaboração de projetos, parceiros como o SEBRAE sempre disponibilizam serviços moldados à sua demanda e, principalmente, você será parte de uma instituição com mais de 50 anos de atividades em benefício da sociedade Parintinense com uma mensalidade que cabe no caixa de sua empresa, PENSE NISSO. Até a Próxima.