domingo, 24 de outubro de 2010

O PROBLEMA DO LIXO EM PARINTINS

A resolução do problema de nossa Lixeira Pública tem se tornado o calcanhar de Aquiles de diversas gestões da Prefeitura de Parintins. O atual governo esteve bem perto de resolver o problema, em 2006 e 2007 a Prefeitura em parceria com o CPRM realizou estudos geológicos em toda a ilha sede do município e identificou apenas uma área com características geológicas adequadas para a implantação de um Aterro Sanitário na região do Macurany. A Prefeitura em 2008 comprou a área e encaminhou pedido de LP (licença prévia) do IPAAM para que pudessem ser realizados estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) na região. Na época a ANAC sensibilizada pelo problema do lixo em Parintins disponibilizou a quantia de R$ 3.000.000,00 ( Três milhões de reais) para iniciar as obras do Aterro Sanitário, a COMARA seria o órgão responsável pela execução da OBRA. Porém, ainda em 2008 o MPE (Ministério Público Estadual) e IPAAM impediram a obra no local, alegando principalmente a liberação por parte do IPAAM de licença ambiental para o início das obras do empreendimento imobiliário “Residencial Vila Cristina”.
Em agosto de 2008 vieram a Parintins, representantes do IPAAM, SEINF, ANAC, COMARA e MPE e em reunião no gabinete do Prefeito de Parintins comunicaram o impedimento da construção do Aterro Sanitário. A SEINF na mesma reunião se responsabilizou pela construção do Aterro Sanitário de Parintins pedindo ao município que indique nova área para a construção do mesmo. Com esta reunião todos os esforços do Prefeito Bi Garcia e seu Vice Messias Cursino voltaram a estaca zero.
Atualmente existem duas áreas identificadas dentro da área do Assentamento de Vila Amazônia que aguardam a LP do IPAAM para que sejam iniciados estudos de impacto ambiental na região.
O Vice-Prefeito Messias Cursino, atual Secretário de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (SEDEMA), já iniciou conversas com o INCRA para a municipalização dos terrenos em vista. O maior problema será a infra-estrutura que o município deverá ter para a gestão do lixo. Teremos que ter um porto próprio para embarque do lixo na cidade, balsa própria para o transporte, porto isolado para desembarque na Vila Amazônia e transporte até o Aterro Sanitário, toda esta estrutura é o mínimo necessário para que tenhamos um Aterro Sanitário na Vila Amazônia, e somente com o transporte do lixo as estimativas é que o custo mensal da gestão do lixo de Parintins passe de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais).
Paralelo a tudo isso a SEDEMA tem desenvolvido ações de sensibilização ambiental através de palestras sobre Resíduos Sólidos, Água, Mudanças Climáticas e Boas Práticas Ambientais para alunos de Escolas de ensino fundamental e médio, arborização de praças e espaços públicos. Atualmente a SEDEMA está finalizando o projeto para iniciar a coleta seletiva em Parintins. Como temos muitos problemas na deposição final do lixo a opção é trabalharmos intensamente nos R`s: Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar e mudarmos a longo prazo os nossos hábitos. 

E quem não está gostando da idéia de que o Aterro seja construído na Vila Amazônia então por favor identifique alguma área de Terra Firme próxima de nossa ilha para a construção do Aterro, sobram as opções: Cabury, Mocambo e Uaicurapá. Sugestões?
Autor: Harald Dinelly (Ex-coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente de Parintins e atualmente Coordenador de Indústria e Comercio).

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