terça-feira, 28 de agosto de 2007

O USO DO GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO AMBIENTAL MUNICIPAL

Texto de Charlene Silva

A autora é graduada em Geografia pela UEA, bacharel em Administração pela UFAM e pós-graduada em Gestão de Políticas Ambientais pela Faculdade da Serra. Mestranda em Geografia pela UFAM.

O município tem um importante papel na preservação e conservação do meio ambiente, e esta responsabilidade está bem evidenciada na Constituição de 1988, a qual lhe impõe o dever de defendé-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Porém esta responsabilidade já estava preconizada pela Lei 6.938/81 da Politica Nacional do Meio Ambiente, no qual já delegava ao município relevante papel na defesa do meio ambiente, mas sua citação a nivel constitucional reforçou ainda mais sua função. Desta forma o municipio através de um órgão local, faz parte do Sistema Nacional do Meio Ambiente, incumbindo-se de promover o equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessáriamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo e sustentável dos recursos naturais.
Os problemas ambientais municipais são muitos, vão desde o lixo ao tratamento de água potável, da ocupação do solo em relação aos mananciais a problemas de esgoto sanitário. Em relação as áreas rurais podemos citar como problemas mais comuns : os desmatamentos irregulares, a degradação do solo e a poluição por agrotóxicos. Todos esses problemas afetam diretamente a saúde pública e a qualidade de vida da população local, logo, a urgência na solução de tais questões exigem do poder local uma atitude imediata. Nestes termos o órgão ambiental responsável deve estar preparado para solucionar e/ou minimizar tais problemas, mas, para isso é preciso que o mesmo utilize o mínimo de técnicas e tecnologias que lhe dê um suporte teórico/prático para que possa adotar medidas efizazes perante o problema.É dentro desta perspectiva que o Geoprocessamento surge como uma importante ferramenta no auxílio a gestão ambiental. Como ressalta um conhecido pesquisador da área, Xavier da Silva, “O Brasil conta com mais de 5.000 municípios que podem, em maior ou menor grau, se valer das técnicas de geoprocessamento para a definição dos diferentes tipos de potencial existentes em seus territórios”.
Esta poderosa ferramenta pode auxiliar muito no planejamento,organização e controle ambiental do território dos municípios, pois como coloca o mesmo autor utilizar o geoprocessamento é “ tratar o município de forma integrada, como uma visão sinóptica, porém detalhável ao nível necessário para enfrentar os problemas detectados, significa incorporar a natureza do território ao planejamento”. Logo tanto no planejamento como na gestão esta tecnologia dá uma importante contribuição.
Atraves do geoprocessamento podemos conhecer melhor o espaço geográfico, e desta forma os tomadores de decisão poderão gerir melhor o ambiente em que se encontram, sendo esta uma questão fundamental, pois refere-se à possibilidade do uso racional dos recursos diponíveis em um município, levando em consideração sua potencialidades e limitações existentes dentro de seu território. O geoprocessamento muda a forma de coletar, utilizar e dimensionar a informação, possibilitando o acompanhamento-monitoria- do desenvolvimento ou da implementação dos novos planos de desenvolvimento, por meios diversos, desde imagens de satélite até mapas interativos que permitem medir a espacialização da extensão dos efeitos das políticas e ações de desenvolvimento, sobre o espaço em questão, em tempo real. A possibilidade de processar geográficamente informação confiável, precisa e rapidamente acessível, para elaboração de planos e estratégias necessários à gestao do território municipal, compatíveis com as características particulares de cada sociedade e do espaço por ela ocupado ou produzido é, sem dúvida, a contribuição do geoprocessamento(VEIGA & XAVIER DA SILVA).
A administração pública precisa atentar para as vantagens de se desenvolver um Sistema de Informações Geográficas (SIG), pois o município como um todo se beneficiará com instrumentos técnicos que assegurem uma visão holística e ao mesmo tempo sinóptica de seu território, que leve em consideração tanto os fatores bióticos e abióticos, como o social e econômico. Podemos afirmar que o SIG em si não vai fazer nenhum milagre, mas, além de ser uma excelente ferramenta, possibilitará a instalação de uma “cultura do planejamento”, “uma cultura cartográfica”. Esta sim pode fazer a diferença na melhoria da qualidade de vida no município.

2 comentários:

  1. Parabéns Charlene, adorei o artigo!!

    Vale ressaltar que nós da Sedema, temos um importante papel na conscientização e preservação do Meio Ambiente junto ao município. Devemos estar sempre ligados às questões ambientais, atualizados e de bem com a natureza, usando de maneira adequada nossos recursos naturais renováveis e promovendo o desenvolvimento local sustentável. Sejamos conscientes, se não contribuirmos usando adequadamente essa riqueza, no futuro próximo sofreremos com as graves conseqüências. Essas “poderosas ferramentas” como você citou, são de grande relevância, pois nos auxiliarão promovendo melhor planejamento e organização do município, contribuindo para um controle ambiental e desenvolvimento local sustentável. Entretanto que possa gerar oportunidades e conhecimento dos recursos naturais, assim saberemos como usá-los de maneira adequada, gerando desenvolvimento e qualidade de vida dos munícipes, nessas condições estaremos unidos em um Meio Ambiente agradável e preservado. Se cada um de nós fizermos nossa parte, com certeza mudaremos a história da Amazônia, e porque não dizer do mundo!

    Daniel alfaia

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  2. Parabéns Charlene, adorei o artigo!!

    Vale ressaltar que nós da Sedema, temos um importante papel na conscientização e preservação do Meio Ambiente junto ao município. Devemos estar sempre ligados às questões ambientais, atualizados e de bem com a natureza, usando de maneira adequada nossos recursos naturais renováveis e promovendo o desenvolvimento local sustentável. Sejamos conscientes, se não contribuirmos usando adequadamente essa riqueza, no futuro próximo sofreremos com as graves conseqüências. Essas “poderosas ferramentas” como você citou, são de grande relevância, pois nos auxiliarão promovendo melhor planejamento e organização do município, contribuindo para um controle ambiental e desenvolvimento local sustentável. Entretanto que possa gerar oportunidades e conhecimento dos recursos naturais, assim saberemos como usá-los de maneira adequada, gerando desenvolvimento e qualidade de vida dos munícipes, nessas condições estaremos unidos em um Meio Ambiente agradável e preservado. Se cada um de nós fizermos nossa parte, com certeza mudaremos a história da Amazônia, e porque não dizer do mundo!

    Daniel alfaia
    E-mail danielpenaboy@hotmail.com

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